Categoria: Artigos
Data: 21/05/2023

Em Eclesiastes 4.9-12, o pregador, o herdeiro imediato do trono de Davi, o rei Salomão, experimentado pela vida, arrependido de seus pecados e revestido da sabedoria que recebeu como dádiva divina, traz valiosas instruções sobre relacionamento. Ele apresenta os motivos pelos quais não devemos ser solitários em nossa caminhada terrena, com exemplos práticos muito claros: dois recebem melhor paga pelo trabalho; um pode sempre levantar, apoiar e animar o outro; ambos podem se aquentar em noites frias; os dois podem resistir a quem tente prevalecer contra um. Todas estas coisas muito boas podem ser vividas em nossos relacionamentos entre irmãos em Cristo, entre discípulos e discipuladores, entre pais e filhos e de maneira mais clara e prioritária entre marido e mulher. 


Um casal deve avaliar suas perspectivas de vida, antes até de assumirem os votos de casamento, de fato antes de iniciar um relacionamento que vise o serem um casal, devem buscar entender se serão capazes de viver a integridade do que ensina este trecho das Escrituras e tantos outros que falam do relacionamento humano primordial criado por Deus que é o casamento. A união de duas pessoas não deve ser porque gostam das mesmas coisas porque gostam de estar um com o outro, ou porque a beleza os atraiu, ou porque um supre as carências um do outro e muito menos porque surgiu a chama de um amor romântico inspirado nos livros. Essas coisas não são ruins em si, mas não podem ser a base do casamento. A base do casamento deve ser a conformação da mente, do coração de ambos, a Mente do Senhor na Palavra.


Sendo assim, chegamos à passagem de nossa imagem e sua aplicação. Vemos que o autor inspirado muda dos exemplos práticos em relação a duas pessoas, para o foco em três. Usando uma imagem clara para época, ele cita um cordão de três dobras, ou seja, um conjunto entrelaçado de cordões feitos de maneira artesanal, os quais devido a sua espessura, adquiria resistência elevada as tentativas de ser dobrado e muito mais de ser quebrado, tornando esta tarefa na prática, beirando a impossibilidade. 


Salomão então nos ensina que um casal deve ser de tal maneira entrelaçado que seus cordões finitos, iniciados no tempo, do marido e da esposa, devem primeiro ser entrelaçados ao Cordão Eterno, que representa a única terceira pessoa admitida neste relacionamento, o próprio Deus Trino, Pai, Filho e Espírito Santo. Assim como o SENHOR caminhou com Adão e Eva no Jardim do Éden, Ele deve ser a prioridade da relação de um casal. 


Portanto, para que de fato um casamento seja um “cordão de três dobras que não se quebra, ou rebenta com facilidade”, ambos, marido e sua esposa, devem priorizar sua relação com Deus. Seu amor primordial, sua prioridade na vida, deve ser amar ao Deus Trino, o qual revela o Amor do Pai, através do Filho bendito, o Senhor Jesus Cristo e de Sua Palavra iluminada pelo Santo Espírito.


Marido e Mulher amando primeiro a Deus, se amarão melhor, e juntos resistirão as lutas, as tentações e a mentalidade que quer destruir a santidade da união abençoada por Deus desde a criação, que é o casamento. O cordão de três dobras resistirá.




Autor: Reverendo Sidnei Gomes Itaboray   |   Visualizações: 692 pessoas
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